Pesquisa alerta para degradação de uma das principais bacias de abastecimento do Oeste
Por meio de sua Coordenação de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a CASAN direciona recursos para realização de um diagnóstico da microbacia do Lajeado São José - principal manancial de abastecimento de Chapecó.
O estudo é desenvolvido por pesquisadores da Universidade Comunitária da Região de Chapecó, que apresentarão resultados para todo o quadro funcional da Companhia na próxima terça-feira (17/10).
“Para a CASAN, que depende da captação no Lajeado São José para abastecer Chapecó, é fundamental conhecer e ajudar a demonstrar para toda a sociedade qual é a situação desse manancial”, informa Felipe Góes, coordenador de P&D na Companhia.
Atualmente a CASAN também direciona recursos para estudos desenvolvidos pela UFSC, voltadas à região da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e envolvendo temas relacionados aos objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Avaliação de Bioindicadores
Com base na avaliação de 30 trechos da bacia e indicadores como a presença de organismos sensíveis à poluição (que foram encontrados em baixas concentrações) e tolerantes à alterações do ambiente (presentes em níveis altos), o estudo indica uma degradação significativa da qualidade da água.
Os resultados são descritos pela equipe “como indicativos de uma qualidade da água globalmente baixa na região do Lageado São José”. Como fator que contribui para esse cenário, a Unochapecó destaca baixa cobertura de floresta nativa, reforçando a necessidade de ações de conservação e restauração ambiental em toda a bacia hidrográfica.
Com base no estudo, são elencadas recomendações como o estabelecimento de um programa de monitoramento contínuo da qualidade da água, permitindo a identificação de áreas críticas que necessitam de atenção imediata, a restauração da vegetação ao longo dos cursos d´agua e a realização de ações de educação ambiental.
“Também é fundamental o trabalho colaborativo entre diversos atores, como autoridades municipais, órgãos de conservação e proprietários de terras, para criar um plano de gestão integrada dessa bacia hidrográfica”, destaca o coordenador dos estudos, professor Renan de Souza Rezende, integrante do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Mestrado e Doutorado) da Unochapecó e do Comitê Científico do Observatório da Qualidade da Água do Rio Uruguai e Aquíferos Relacionados, entre outros órgãos.
Fotos: Unochapecó