Convênio amplia vagas de trabalho no saneamento para presos em Concórdia
A CASAN e a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) assinaram convênio que prevê a geração de vagas de trabalho para apenados do regime semiaberto do Presídio de Concórdia. Pelo acordo firmado nesta quinta-feira (03), em Florianópolis, inicialmente serão abertas quatro vagas para os internos do presídio atuarem na prestação de serviços gerais na Estação da CASAN de Concórdia. A carga horária é de até 8 horas pela qual os internos receberão um salário mínimo, sob responsabilidade da Companhia.
O Secretário da SAP, Leandro Lima, defende o trabalho e o ensino como pilares de reabilitação social e econômica. “O preso que trabalha, que quer uma nova vida, busca resgatar a sua escolarização, frequenta cursos profissionalizantes e isso faz toda a diferença na hora em que ele ganha a liberdade”, assinalou o secretário Leandro.
A Presidente da CASAN, Roberta Maas dos Anjos, reforçou a importância da união de esforços das instituições no sentido de promover a ressocialização dos apenados. “Além de atender uma necessidade da empresa, estamos colaborando com a reinserção social dos internos”, observou.
Roberta dos Anjos ressaltou que de imediato são quatro vagas, mas que este número poderá ser ampliado de acordo com a demanda. A presidente da CASAN também anunciou que, em breve, deve ser assinado um novo convênio para abrir vaga de trabalho para apenados de unidades da Grande Florianópolis.
O sistema prisional catarinense é considerado referência no país. Pelo modelo de atividade laboral, cada interno destina 25% de seu salário para o Fundo Rotativo Regional, valor que é totalmente reinvestido em melhorias na unidade. Os 75% restantes vão para o interno, sendo que a maioria opta por repassar os valores para o sustento da família.
Além de salário, o trabalho ainda rende a remição da pena: a cada três dias trabalhados, o preso poderá remir um dia da pena. Outro ponto importante é que as vagas de trabalho oferecidas nas unidades estão sintonizadas com a vocação econômica da região.
“Isso aumenta a possibilidade de reinserção do interno no mercado de trabalho quando ele deixa a unidade, pois já terá experiência na área”, explicou o titular da SAP. Atualmente são cerca de 6 mil internos trabalhando nas mais diversas atividades como cultivo de hortifrúti, indústria têxtil, pré-moldados, plásticos, móveis e estofados, entre outros.