CASAN executa ação de caça a vazamentos em bairro de Florianópolis
Equipamento geofone, usado na caça a vazamentos. Foto: Acervo CASAN.
Para combater perdas de água e otimizar o abastecimento, a CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) está executando uma força-tarefa no Bairro Tapera, no Sul da Ilha, em Florianópolis.
Equipes da Companhia estão fazendo vistorias em todas as ruas do bairro, utilizando equipamentos para rastrear vazamentos ocultos (aqueles que não afloram no terreno e são de difícil localização). A ideia é mapear todos os casos até outubro, para que se inicie a próxima etapa, que são os consertos dos pontos de vazamentos encontrados.
"Há vazamentos no sistema de distribuição que não são perceptíveis, que precisam ser localizados com a utilização de aparelhos de escuta eletrônica. Alguns ficam vazando muito tempo e não afloram para a superfície, escorrendo para a drenagem e comprometendo a pressão da água nas redes de distribuição. Essa iniciativa busca evitar problemas de desabastecimento ou desperdício excessivo de água. A expectativa é de que esta ação seja replicada posteriormente em outros bairros da Capital", explica o chefe da Unidade Operacional Costa Sul Leste, Gustavo Cittadela.
As equipes fazem o rastreamento utilizando dois equipamentos. Um deles é o geofone, que faz a "escuta das redes" ao longo das ruas e calçadas. Por meio dele, é possível ouvir a água corrente no solo caso e encontrar os pontos de vazamento oculto com precisão. O outro é a chamada haste de escuta, que tem a mesma finalidade do geofone, mas é aplicada diretamente na região do cavalete (chegada da água na casa do morador).
Atualmente, cerca de 50% do Bairro Tapera já está mapeado, com 25 vazamentos registrados. A expectativa é de que a força-tarefa para os consertos aconteça até novembro, quando os trabalhos de mapeamento já estiverem concluídos.
Haste de escuta, para verificar vazamentos no cavalete. Foto: Acervo CASAN.
Válvulas Redutoras de Pressão
Além do serviço de caça a vazamentos, a CASAN investe na instalação das chamadas Válvulas Redutoras de Pressão (VRPs). Esses equipamentos fazem com que a pressão seja controlada em uma rede, o que diminui a sobrecarga nas tubulações e reduz os rompimentos.
Válvulas desse tipo estão sendo instaladas desde 2024 em locais como a SC-406 no Sul da Ilha, a Rodovia Jornalista Manoel de Menezes, no Leste da Ilha e a Rua Dr. Percy João de Borba, na Trindade. Em todos os casos, foi constatada redução no número de rompimentos de rede.
"Juntamente com as válvulas, a Companhia instala os chamados macromedidores. Eles são como os 'hidrômetros' domiciliares, mas em tamanho maior e aplicados às tubulações de abastecimento. Assim é possível monitorar o fluxo de água e constatar se há algum padrão anormal, que pode indicar um vazamento. Combinados com as VRPs, eles dão maior controle à nossa operação", conta Gustavo.
Com estas ações são criados os Distritos de Medição e Controle. Assim é possível definir uma área e monitorar a pressão e vazão que está sendo disponibilizada para essa região, facilitando estudos do comportamento das redes de distribuição de água. Em uma situação emergencial de desabastecimento devido a um vazamento ou manutenção, pode ser restrita a uma região menor, para diminuir os impactos e agilizar o conserto. Todas as ações fazem parte do Programa de Redução e Controle de Perdas da CASAN, que visa garantir maior eficiência ao serviço prestado pela Companhia.
Válvula Redutora de Pressão instalada na Barra da Lagoa, em Florianópolis. Foto: Acervo CASAN.