CASAN divulga melhorias e novos estudos para a região da Lagoa da Conceição
A CASAN vem trabalhando em diversos aperfeiçoamentos no Sistema de Esgotamento Sanitário da Lagoa da Conceição. As ações são norteadas pelo Plano de Recuperação Ambiental, que estabelece iniciativas de médio e longo prazo para a região.
Somente junto à Lagoa de Evapoinfiltração (LEI), que recebe o efluente tratado do Sistema de Esgoto, os investimentos já ultrapassaram R$ 6 milhões.
Novos estudos são direcionados à busca de uma alternativa para destino final do efluente tratado, atualmente direcionado à Lagoa de Evapoinfiltração localizada próxima à Estação de Tratamento.
Resultados destas avaliações serão apresentados no dia 23 de novembro, em reunião aberta ao público, a partir de 19h, no auditório do Colégio da Lagoa, na Rua Hyppólito do Valle Pereira, 121.
Os estudos demonstram outras possibilidades para lançamento do efluente tratado além da Lagoa de Evapoinfiltração, até que uma solução estrutural como o emissário submarino possa ser colocada em prática.
A Companhia também vai demonstrar as melhorias realizadas a partir do Plano de Recuperação Ambiental da região, como o Muro Verde e a adaptação da Estação de Tratamento de Esgotos para o sistema terciário.
Obras já executadas
Entre as obras já executadas, está a limpeza e dragagem da Lagoa de Evapoinfiltração, permitindo a retirada do material lamo-arenoso do fundo e recuperando a capacidade natural de infiltração do terreno. Além de comprometer a capacidade de infiltração do efluente tratado no solo, o material sedimentado ao longo dos anos reduzia a capacidade de recebimento do efluente na lagoa.
No local também foi erguido o Muro Verde, uma estrutura que traz maior segurança ao ambiente e aos moradores das proximidades. Com sete metros de altura, o barramento foi construído no ponto onde houve o deslizamento das dunas em janeiro de 2021.
A tecnologia adotada utilizou o solo com armadura de aço galvanizado, estruturando uma face composta por pedras. Uma parede externa vegetada, verde, minimiza o impacto visual e integra a estrutura à paisagem. Na Lagoa de Evapoinfiltração foi também instalado um mecanismo de bombeamento, para controle de nível, com acionamento remoto e monitoramento 24 horas.
Tratamento Terciário
A mudança da tecnologia na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Lagoa da Conceição é outro avanço para o saneamento da região. A unidade foi adaptada para depurar o esgoto em sistema terciário, que remove a carga orgânica, nitrogênio e fósforo. O método torna ainda mais completa a depuração do efluente final que é lançado na lagoa de evapoinfiltração, aprimorando a eficiência da unidade que já atendia aos padrões da legislação.
A escolha do novo sistema de tratamento de efluentes foi feita a partir das conclusões de um estudo desenvolvido por um especialista do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. O relatório final demonstrou que o processo que mais se aplica para controle do fósforo na ETE Lagoa da Conceição é o químico, e no caso do nitrogênio, a remoção biológica.
Após o recebimento do relatório, a CASAN deu início à contratação dos equipamentos, como bombas de dosagem, de tanques para armazenamento de produtos químicos e lodo, aeradores, equipamentos e materiais para análise operacional da ETE. O investimento nesta etapa foi de cerca de R$ 1,1 milhão.
O início da operação do sistema de dosagem se deu no mês de maio de 2022 e o acompanhamento pela Companhia demonstra reduções de concentrações significativas no efluente tratado, evidenciando a eficiência da tecnologia implantada.
Estudos Geotécnicos, Hidrológicos e Hidráulicos
A CASAN também contratou uma empresa para a realização de Estudos Geotécnicos, Hidrológicos e Hidráulicos do Sistema de Tratamento de Esgoto da Lagoa da Conceição. O objetivo foi avaliar os taludes, definir os níveis d’água operacionais da Lagoa de Evapoinfiltração (LEI), além de recomendar as medidas necessárias para a garantia da estabilidade das dunas, seu monitoramento e conservação.
Entre as conclusões, o estudo destaca que a LEI apresenta uma densa cobertura vegetal, que oferece proteção superficial eficiente. Não se observou, em toda a área da lagoa, a ocorrência de processos erosivos, trincas, rupturas e escorregamentos. No mapeamento também não foram observadas situações que caracterizassem algum trecho crítico por razões geotécnicas.
Construção do Muro Verde é uma das melhorias já executadas para a região.
Fotos: Acervo CASAN