CASAN contesta “Nota Técnica”
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento manifesta seu repúdio à "Nota Técnica Nº 03” divulgada no dia 25/02/2021 pelo “Projeto Ecoando Sustentabilidade”, que apresenta de forma totalmente irresponsável alegações, insinuações e imputação de responsabilidades à CASAN sobre a mortandade de peixes ocorrida na região da Costa da Lagoa a partir do dia 22/02/2021.
A referida nota, que emite a visão de um grupo de professores da UFSC e não da instituição, omite um fato, de conhecimento público, que foi aberta uma drenagem das águas acumuladas pelas chuvas no Parque do Rio Vermelho em direção à região afetada. Essa vala, que não foi aberta pela CASAN, pode ter contribuído para o evento ao escorrer para a Lagoa, o que igualmente depende de comprovação técnica, mas não pode ser desconsiderado.
Mesmo que a Nota reconheça tratar-se de um “cenário complexo”, ela não apresenta dados consistentes como, por exemplo, a biópsia dos organismos para identificação da real causa morte. Tal alegação também contrapõe os relatórios de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC), que tem divulgado já o restabelecimento das condições de balneabilidade na Lagoa da Conceição.
É citado pela própria Nota do grupo de pesquisadores que ... "o estado trófico e os sintomas da eutrofização têm se intensificado na Lagoa da Conceição nas últimas décadas ..." Estas décadas parecem ter sido esquecidas e pormenorizadas pelo evento, que por mais agudo que tenha sido, de forma alguma se sobrepõe ao efeito crônico das décadas de pressão urbana.
Destaca-se também que as análises de ecotoxicidade da água que adentrou a Lagoa da Conceição foram negativas, não identificando toxicidade aguda. Gera estranheza, portanto, que a mortandade de espécies teria sido gerada por água que não apresentou toxicidade e, ainda mais, situada a quilômetros de distância do ocorrido, e um mês depois. Portanto, não se trata de evidência a associação direta das ações decorrentes do evento na lagoa de evapoinfiltração e a mortandade de peixes, mas de suposição sem respaldo técnico.
Por fim, a Companhia reconhece a necessidade e a importância da atuação das instituições competentes na busca pela identificação das causas e impactos do evento ocorrido. No entanto, rechaça insinuações que atentem contra a CASAN sem a adequada e devida fundamentação e instrução técnica.