Captação na Lagoa do Peri será reduzida em 75%
Diante da estiagem que dificulta a recarga nos níveis da Lagoa do Peri, em Florianópolis, a CASAN reduziu ainda mais a captação de água bruta para preservar o manancial.
Um novo motorbomba na entrada da Base Aérea está abastecendo desde a semana passada o bairro Tapera através de água transportada pelo Sistema Integrado da Grande Florianópolis/Continente, economizando nessa operação 25 litros/segundo na Lagoa.
Por meio de uma interligação de redes, outra ação operacional já está permitindo que o Sistema Integrado abasteça parte do Rio Tavares, economizando mais 10 litros/segundo da Lagoa.
Hoje, 120 litros/segundo não estão sendo captados na Lagoa do Peri, apesar de a outorga autorizar 200 litros/segundo. Para complementar o volume necessário para abastecer os 141 mil moradores do Sul e do Leste da Ilha, a CASAN conta ainda com um total de 12 poços do Sistema Complementar do Campeche.
MAIS TRÊS OBRAS
Em dezembro, uma quarta obra transportará mais 30 litros/segundo desde o Sistema Integrado para o Sul da Ilha. É quando entrará em operação a adutora de 2.350 metros que será assentada ao longo do acesso do novo Aeroporto Internacional Hercílio Luz.
No Verão também uma quinta obra entrará em operação beneficiando os moradores da região da Barra da Lagoa da Conceição. Uma adutora de 9.200 metros, interligada a poços prospectados no Rio Vermelho, vai transportar mais 25 litros/segundo, aliviando a Lagoa do Peri.
Numa sexta ação operacional programada, mais três poços serão abertos antes de dezembro, produzindo mais 30 litros/segundo.
“No início do próximo ano a Lagoa do Peri estará contribuindo com, no máximo, 45 litros/segundo para o sistema”, projeta o Superintendente Regional Metropolitano, engenheiro Joel Horstmann. “E fora da temporada a contribuição poderá ser interrompida em alguns momentos para recarregar o manancial”.
REVISTA DIGITAL
Para deixar a população esclarecida com relação às operações que visam preservar a Lagoa e solicitar a colaboração dos moradores na economia de água, a CASAN distribui a partir deste fim de semana uma revista temática.
O material digital já está disponível no site (veja abaixo) e nas Redes Sociais da empresa, sendo compartilhado com a população.
Material impresso será entregue a partir de terça-feira a órgãos de controle, entidades, associações, veículos de imprensa e aos 200 maiores consumidores de água do Sistema Costa Sul/Leste.
CHUVA MUITO ABAIXO
Um dos tópicos da Revista Lagoa do Peri mostra a dimensão da estiagem que afeta a região e prejudica a recarga do manancial.
Os anos de 2018 (863 mm) e 2019 (1.225 mm) somados representam os menores volumes de chuvas na região desde que a Lagoa do Peri passou a ser usada como manancial de abastecimento, há 22 anos.
Apenas em 2012 registrou-se volume de chuvas semelhante (1.191 mm), porém o ano anterior havia sido de alta precipitação e, no ano seguinte (2013), houve excelentes chuvas (1.664 mm), permitindo a completa recuperação das cachoeiras próximas, realimentando a Lagoa naquela época. O cenário atual é bem diferente.
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