Técnicos do KFW visitam CASAN e conhecem modelo de esgotamento de Rancho Queimado
O sonho de ampliar o sistema de saneamento básico no Estado deu neste fim de semana um importante passo, com a visita técnica de engenheiros do banco de fomento alemão KFW. O engenheiro sanitarista Günter Traub e o gerente de Projetos Thomas Wittur foram recepcionados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS) e CASAN.
Wittur e Traub expuseram os projetos do banco alemão para financiar sistemas de coleta e tratamento nos menores municípios. “Somente com apoio do governo do Estado é que cidades com menos de 17 mil habitantes terão condições de implantar saneamento, já que os custos destes investimentos são altíssimos”, explica Luiz Antônio Garcia Corrêa, diretor de Saneamento e Meio Ambiente da SDS. Na Secretaria, foram demostradas a disposição política e a situação econômica e financeira do Estado.
O diretor Administrativo da CASAN, Arnaldo Venício de Souza, deu boas-vindas à comitiva alemã na sede da Secretaria. À tarde, a equipe do KFW foi recepcionada no Centro Integrado de Operação e Manutenção (CIOM), quando conheceu a situação econômica da empresa e os modelos de projeto em vigor com agências de fomento da França (AFD) e do Japão (JICA).
Financiamento internacional é fundamental para implantação do esgotamento sanitário em pequenos municípios
Visitas de campo
No sábado pela manhã, acompanhados de dois consultores – o suíço Marco Forster e o brasileiro Vinícius Ragghianti – os técnicos alemães visitaram o sistema de coleta e tratamento de esgoto de Rancho Queimado, cidade de 2.849 habitantes.
“Escolhemos este município por ter um modelo compacto de tratamento de esgoto, ideal para ser aplicado em municípios do mesmo porte”, explicou o engenheiro Sérgio Romariz, ao receber a comitiva estrangeira ao lado do Superintendente da Grande Florianópolis, Lucas Barros Arruda, do engenheiro Guilherme Fantozzi e do agente operacional Osmar Lauro Marian.
Trabalhando há 31 anos no escritório da CASAN no município, Osmar mostrou como funciona a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que tem baixo custo operacional, com gasto otimizado de energia e que não exige sequer a presença permanente de operador.
Na cidade de Rancho Queimado a CASAN opera uma rede coletora de 6,2 quilômetros e uma ETE de tratamento secundário, com lagoa aerada e desinfecção por pastilhas de cloro na vazão é de 2,1 litros por segundo.
Depois do almoço com comida típica da região, a comitiva seguiu para Santo Amaro da Imperatriz, onde também visitou a ETE, cuja operação é bem diversa e mais dispendiosa.
“A situação econômica, a estabilidade política e o modelo geográfico de Santa Catarina são fatores estimulantes à parceria”, disse Wittur, antes de retornar para Frankfurt.
Dentro de duas semanas, o suíço Forster retorna à Santa Catarina em busca de mais dados. O financiamento, cuja negociação foi iniciada pelo governador Raimundo Colombo no ano passado, tem valores iniciais estimados de 100 milhões de euros, que seriam utilizados para beneficiar pelo menos 50 pequenas cidades.
Conversas foram também realizadas no CIOM. Fotos: Neiva Daltrozo
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Ricardo Stefanelli / Gerência de Comunicação / CASAN
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