CASAN renova parceria com Consórcio Iberê
Na foto superior, assinatura do convênio para continuidade dos trabalhos. Abaixo, agricultores cercam área para proteção de manancial |
Assinado neste sábado (29), em cerimônia de inauguração da reforma e ampliação da Estação de Tratamento de Água de Chapecó, um novo convênio com o Consórcio Iberê, no valor de R$ 300.780,00, vai garantir a continuidade de trabalhos voltados à proteção e recuperação de mananciais no Oeste de Santa Catarina. Com caráter participativo e educativo, o Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento Ambiental Iberê integra os municípios de Cordilheira Alta, Chapecó, Guatambu, Planalto Alegre, Caxambu do Sul, São Carlos e Águas de Chapecó (que atualmente tem seu prefeito, André Max Tormen, na presidência). A parceria com a CASAN, que iniciou em 2006, é direcionada principalmente a trabalhos de proteção e recuperação de mananciais, por meio do projeto Preservação, Conservação, Recuperação e Manutenção das Matas Ciliares. “É um trabalho importantíssimo, que já foi reconhecido como um dos melhores do país”, destaca o diretor de Operação e Meio Ambiente da CASAN, Valter José Gallina, referindo-se à seleção do Consórcio Iberê em 2012, pelo Ministério do Meio Ambiente, para integrar o livro “Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar”. |
Diagnóstico e ações para recomposição da vegetação
Na região abrangida pelo Consórcio predominam pequenas propriedades rurais, em grande parte com uso do solo até as margens dos cursos d`água e acesso livre dos animais. A engenheira Silvia Valdez Barboza, que integra a equipe técnica do Iberê, explica que os produtores são convidados a participar e aderem às ações de forma voluntária. Aqueles que têm interesse participam de discussões para um diagnóstico sobre os impactos em sua propriedade, trocando ideias sobre formas de restauração e preservação da cobertura vegetal às margens dos rios e nascentes.
A partir desse contato inicial é realizado um projeto de restauração para cada propriedade, de acordo com o nível de degradação e a sua causa. Depois são iniciadas diferentes ações. Entre elas, a construção de cercas que vão isolar os animais (grande parte dos agricultores trabalha com bovinocultura leiteira) e a produção agrícola da área a ser restaurada às margens dos cursos d´água e nascentes.
Nas terras protegidas pelas cercas são plantadas mudas de árvores nativas e frutíferas, de acordo com o nível de degradação de cada propriedade. Os materiais para as cercas são comprados com recursos do convênio com a CASAN e repassados aos produtores rurais. O trabalho de implantação na maioria das vezes é realizado através de mutirão entre os agricultores que aderem à iniciativa.
A regeneração natural da área é favorecida com essas práticas simples, que permitem também o retorno gradativo da fauna. De acordo com levantamentos da equipe técnica que atua no Consórcio, aproximadamente 90 hectares de área ciliar das bacias hidrográficas dos lajeados Tigre, São José, Dom José e do Rio Chapecó já foram recompostos e estão em fase de manutenção. Os trabalhos já contemplaram o plantio de mais de 12 mil mudas de árvores nativas e frutíferas, em uma parceria com mais de 200 famílias de produtores rurais.
“A negociação do conflito de uso de áreas de preservação permanente, trazendo todas as partes interessadas para construir uma agenda comum é um dos aspectos inovadores”, avalia Sílvia Valdez. São parceiros no projeto as prefeituras municipais, CASAN, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), Policia Ambiental e Universidades. O Consórcio Iberê contempla também atividades de educação ambiental.
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Gerência de Comunicação Social da CASAN